Estudo aponta que internet brasileira é parcialmente livre



Mais da metade dos usuários da internet vive sob regime de censura por parte de seus governos. A informação é de um estudo publicado pela Freedom House, um órgão a favor da democracia.
A pesquisa analisou a liberdade na web em 65 países, cerca de 88% da população online do mundo, e constatou que em dois terços deles há algum tipo de restrição na rede. Entre os países com maior censura aparece a China, líder pelo segundo ano consecutivo, seguida por Síria e Irã. Os países mais bem classificados são Estados Unidos, Canadá, Argentina, França, Reino Unido, Itália, Austrália, África do Sul, entre outros.
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No período, o Brasil teve sua classificação rebaixada, passando de “livre” para “parcialmente livre”. Entre os pontos ressaltados pelo documento estão as diversas ordens de bloqueio do WhatsApp, além da restrição de discurso dos usuários na rede durante o período de eleições.
"Várias ordens para bloquear o WhatsApp levantaram preocupações sobre uma tendência judicial em curso no país. Enquanto os pedidos de remoção de conteúdo arquivado perante os tribunais locais continuam a representar desafios significativos para as empresas de mídia social no Brasil", informa a pesquisa.
"O Marco Civil estabeleceu um quadro de direitos dos internautas, mas outras disposições legais, como leis de difamação e algumas que restringem certos discursos durante as eleições, contribuem para um ambiente no qual as pessoas podem enfrentar processos judiciais pelo que escrevem online", diz outro trecho.
Confira um panorama geral da liberdade na web em todo o mundo:
Aplicativos
Em 2016, aplicativos de mensagens seguros como WhatsApp e Telegram, impossíveis de serem rastreados pelos governos, sofreram duras repressões. O WhatsApp, por exemplo, foi bloqueado ou restrito em mais de 12 países como Etiópia, Bahrein e Bangladesh. O Telegram, por sua vez, foi bloqueado em quatro países, incluindo a China.
Sites e redes sociais
A pesquisa mostra que 24 países bloquearam ou restringiram o acesso a sites de mídias sociais ou serviços de comunicação, mais do que os 15 registrados em 2015. Em 34 dos 65 países analisados houve redução da liberdade, incluindo no Brasil.
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